Diferentes locais de acúmulo de gordura geram diferentes alterações no metabolismo

O aumento da adiposidade corporal gera a piora do metabolismo e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, resistência insulínica, diabetes tipo 2 e mortalidade. Contudo, diferentes depósitos de tecido adiposo pelo corpo, geram diferentes efeitos. Observe a figura:

DOI: 10.1016/j.endoen.2015.11.008

DOI: 10.1016/j.endoen.2015.11.008

  • Acúmulo predominante na região glúteo femoral (bumbum e pernas) - maior tendência à dominância estrogênica e aparecimento de celulite, estrias, dores nas pernas, varizes, retenção de líquido é comum. Contudo, apesar das queixas serem variadas, o risco cardiometabólico não costuma ser alto. Mais comum em mulheres.

  • Acúmulo predominante na região abdominal (barriga) - quando a gordura está na região subcutânea não é tão prejudicial, porém ela dificilmente fica apenas nesta região. É mais comum em mulheres. Preocupadas com a estética muitas passaram por lipoaspiração. Contudo, hoje sabemos que a remoção da gordura subcutânea aumenta o risco posterior de acúmulo na região visceral, o que aumenta o risco cardiometabólico.

  • Acúmulo distribuído por todo o corpo - apesar de obesa esta pessoa não está em um risco tão grande quanto a pessoa que acumula predominantemente na região visceral. Mesmo assim, é importante lembrar que células de gordura hipertrofiadas correm maior risco de ruptura e liberação de substâncias inflamatórias na corrente sanguínea, o que gera grande estresse para o organismo.

  • Acúmulo predominante na região visceral (entre os órgãos) - gera maior risco cardiometabólico, disfunção mitocondrial, resistência insulínica e esteatose hepática. É mais comum em homens e em mulheres após a menopausa e é muito importante pedir os exames de enzimas hepáticas (TGO, TGP, GGT).

O tecido adiposo não apenas armazena energia, mas também controla o metabolismo por meio da secreção de hormônios, citocinas, proteínas e microRNAs que afetam a função das células e tecidos em todo o corpo. O risco é maior quando esta gordura abdominal é profunda e quanto mais inflamada a mulher estiver mais acumula gordura na região profunda. Portanto, a dieta antiinflamatória é fundamental.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vegetais que melhoram a circulação sanguínea e reduzem o risco de varizes

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Varizes são veias dilatadas que aparecem abaixo da pele. Surgem especialmente nas pernas e causam dor, desconforto, sensação de formigamento, manchas ou coceiras na pele.

Acometem mais as mulheres, especialmente na gravidez, com o uso de anticoncepcionais ou após a menopausa. Também aparecem quando a pessoa passa muito tempo sentada ou muito tempo em pé.

A má circulação também pode ter causas nutricionais. A obesidade, a carência de nutrientes antioxidantes e o excesso de gordura dificultam o fluxo sanguíneo. É importante, então, caprichar no consumo de vegetais ricos em vitamina C, flavonóides e outros nutrientes antioxidantes. Alface, alho, alho-poró, acelga, beterraba, brócolis, cebola, cenoura, couve, couve de Bruxelas, couve-flor, chicória, espinafre, nabo, rabanete, rúcula e frutas como amora, ameixa, damasco, laranja, limão, mirtilo, pêssego, tangerina e uvas fornecem uma gama de compostos antioxidantes e antiinflamatórios essenciais para a saúde em geral e para a circulação.

Não esqueça da prática regular de atividade física. Caso necessário, procure um angiologista, médico especialista na área. Após avaliação das varizes já existentes, tratamentos como escleroterapia ou mesmo cirurgia poderão ser indicadas.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Sem mudança de estilo de vida o resultado da cirurgia bariátrica não se sustenta

Muitos pacientes me procuram após a cirurgia bariátrica, super frustrados pois voltaram a ganhar peso. Infelizmente, sem mudanças no estilo de vida os resultados da redução de estômago ou qualquer outra técnica, não se sustenta.

Pessoas que fizeram a cirurgia e estão em forma hoje continuam de olho no cardápio, nos tipos de alimentos consumidos, nas quantidades, continuam praticando atividade física e buscando estratégias para amenizar o estresse da vida.

A cirurgia pode ser uma ferramenta usada em um momento crítico mas dieta, treino e repouso nunca deixarão de ser importantes. Em janeiro inicia-se a nova turma de emagrecimento e manutenção do peso. Buscando motivação?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/