Cuidados nutricionais para gestantes que fizeram cirurgia bariátrica

Aproximadamente 80% das cirurgias bariátricas realizadas são feitas em mulheres e em idade reprodutiva. A obesidade muitas vezes gera problemas na fertilidade, síndrome do ovário policísticos (Skubleny et al., 2016). A cirurgia teria como vantagens justamente o aumento da fertilidade, a redução do risco de diabetes gestacional e de complicações durante o parto. O risco para o bebê também é menor quando a mãe tem um peso saudável (Maggard et al., 2008).

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Após a cirurgia bariátrica há melhor controle da quantidade de açúcares e gorduras no sangue, diminuição de desordens hipertensivas, apneia do sono, asma, refluxo, dores, além de melhorar fatores que influenciam na fertilidade (Edson et al., 2016).

Apesar dos possíveis benefícios mulheres que engravidam após cirurgia bariátrica são consideradas de alto risco. Desenvolvem mais frequentemente hernias, obstrução intestinal, migração ou erosão da banda gástrica (se este foi o tipo de cirurgia realizado), colelitíase (pedras na vesícula), hiperêmese (vômitos intensos), anemia severa, deficiências de cálcio, folato, vitamina D e B12 e desnutrição energético-proteica (Harris & Barger, 2010).

Para o bebê existe maior risco de prematuridade e baixo peso ao nascer quando a mãe fez previamente cirurgia bariátrica (Roos et al., 2013; Carreau, 2017). Carências nutricionais podem gerar problemas na gestação e má-formações fetais. Como exemplos podemos citar:

  • Carência de B9: defeitos na formação do tubo neural e maior prevalência de espinha bífida;

  • Carência de vitamina A: microcefalia, hipotonia, restrição de crescimento intra-uterino, hipoplasia do nervo óptico, imunossupressão materna (aumenta o risco de infecção urinária e até maior transmissão do vírus HIV);

  • Deficiência de vitamina K: hemorragias intracranianas;

  • Deficiência de cálcio: hiperparatireoidismo secundário levando a perda óssea da gestante;

  • Deficiência de zinco: restrição do crescimento intra-uterino, má-formações congênitas;

  • Carência de vitamina B12: problemas neurológicos com atraso no desenvolvimento, menor produção de plaquetas, hemácias e leucócitos.

Assim, o acompanhamento nutricional torna-se ainda mais importante nestas gestantes. Consulte sempre um profissional qualificado!

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/