Não existem fracassos, existem resultados

Quando um bebê cai de bunda no chão ninguém fala a ele: "desiste disso, você não nasceu para andar". Pelo contrário, continuamos torcendo por este bebê, fazendo festa a cada novo passo dado. Fizeram isso conosco também. E após cada queda, cada "erro", nos superamos. Cair de bunda no chão não foi considerado um fracasso, apenas o resultado de nossa ousadia. Para cada bebê, um dia andar fica tão fácil, tão natural, que a ambição aumenta e resolvem sair por aí correndo ou pulando.

Com crianças, adolescentes, adultos e idosos é o mesmo. Nossos erros são apenas um resultado e as consequências de qualquer ação tomada podem ser verificadas, avaliadas, melhoradas, aperfeiçoadas. Às vezes ouço pessoas falando: "não vou nem tentar emagrecer, pois não consigo". Mas será? Talvez o foco esteja errado ou apressado. Realmente não dá para emagrecer 10 kg até o próximo final de semana. O foco no curto prazo gera frustração pois o sucesso, neste caso, não é alcançado do dia para a noite. E aí, é fácil alguém se sentir fracassado. "Não comi, passei fome, passei mal e não emagreci. Sou um fracasso!". Este tipo de pensamento é chamado erro cognitivo. É o típico pensamento tudo ou nada onde a pessoa chega a uma conclusão negativa radical que vai muito além da situação atual.

Não conseguir emagrecer 10 kg em uma semana não faz de ninguém um fracasso. É a administração das emoções que fará a pessoa avaliar adequadamente o resultado, avaliar que tipo de estratégia dá certo e que tipo de estratégia dá errado. A administração das emoções facilita a tomada de pequenas decisões diárias que geram um resultado positivo e duradouro a longo prazo. Por isto insisto tanto que pacientes que desejem emagrecer devem começar a meditar. A prática relaxa, foca e coloca as coisas em perspectivas. Com isso, a neura com o corpo e com o peso diminui e escolher melhor os alimentos, programar o cardápio e emagrecer torna-se muito mais fácil.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cada um pode ter o corpo que quer?

Queremos nos sentir bem com nós mesmos. Queremos ter energia para realizar nossos sonhos, vitalidade para que o dia seja bom, saúde para viver mais e melhor. Mas será que para termos tudo isso precisamos seguir um padrão de beleza? Claro que não! E que bom! Pois beleza não se discute. O que agrada aos meus olhos pode muito bem não agradar aos olhos dos demais. Fora isso, apesar do que as revistas de beleza e os posts do Instagram dizem mudar o corpo radicalmente não é possível para todo mundo. E na verdade somos lindos e especiais justamente pelo que temos diferente dos outros.

O que as pesquisas mostram é que todos podem ter mais energia, vitalidade e saúde. Para isto, precisamos dormir bem, comer alimentos saudáveis e praticar atividade física. Estudos também mostram que o excesso de gordura corporal pode comprometer a saúde e a longevidade. 

Isto significa que uma pessoa magra e que come mal, é sedentária ou abusa do álcool não está no caminho certo. Isto significa que uma pessoa acima do peso mas que não fuma, dorme bem, consome mais frutas e verduras e mantém-se fisicamente ativa pode ter mais saúde do que a primeira. E pode se sentir mais feliz do que a primeira. Mas também não é garantia já que nossa genética, nossos valores, nossa condição de vida e nossas escolhas também influenciam nossa saúde física e mental.

Assim, não há um modelo pré-definido que garanta felicidade ou bem estar ou saúde. O processo de autoaceitação nem sempre é fácil. Todo mundo julga todo mundo. É só entrar no Instagram e verá mil exemplos de exercícios ideais, dietas ideais para que o "corpo ideal" (sabe-se lá o que é isso) seja alcançado. Com milhares de seguidoras pessoas mostrando a barriga tanquinho influenciam uma geração inteira. Sim, as pessoas que valorizam a barriga tanquinho tem direito a ela, tem o direito à viverem a vida como quiserem. Tem o direito à escolha de onde vão passar mais tempo: na escolha, no trabalho, na academia, com os familiares ou amigos. O problema não é esse. O problema é quando quem não é assim "fica de fora".

A influência que algumas personalidades exercem na vida das pessoas é negativa, fazendo-as acreditar que sem tal corpo não serão felizes, amadas, valorizadas. Não é incomum que um adolescente desenvolva um distúrbio alimentar tentando se encaixar em um padrão apenas possível a poucos. Não é raro pessoas submeterem-se a procedimentos estéticos caros e perigosos na tentativa de serem aceitas. Emagrecer é importante para algumas pessoas, que estão com colesterol alto, hipertensão, diabetes e um risco aumentado à vida. Mas dietas loucas ou procedimentos estéticos mirabolantes não parecem ser a melhor solução. Quantas pessoas passaram por cirurgia bariátrica e voltam a engordar? Milhares! Quantas pessoas passaram por grandes cirurgias plásticas e continuam criticando ou mesmo odiando o próprio corpo? Atendi na clínica por mais de 10 anos e a insatisfação de mulheres e homens mesmo após tais procedimentos é enorme. 

Sabemos que isso acontece e precisamos parar de falar do nosso corpo, da nossa cor, do nosso formato e focar em coisas mais importantes. Se não fizermos isso continuaremos a vivem em uma sociedade que valoriza as gratificações imediatas. Com a lipoaspiração o culote desaparece instantaneamente. Com o jejum uma pessoa pode perder 4 kg ou mais em uma semana. Mas no final os problemas não se resolvem.

Mas quem tem baixa autoestima elimina o culote mas não ganha amor próprio, quem tem depressão coloca a prótese de silicone e o problema de saúde não some. Quem tem esteatose hepática e faz o jejum consegue, muitas vezes, agravar o problema, com a chegada de grande quantidade de gordura ao fígado. E o pior: o corpo sonhado nem sempre aparece. Ou aparece e depois some. Por quanto tempo podemos lutar contra a comida? Comer é uma necessidade fisiológica básica! Para emagrecer de forma eficiente precisamos conhecer os alimentos mas também precisamos nos conhecer, entender o que desencadeia episódios compulsivos, aprender a diferença entre fome emocional e fome física.

Bebês amam seus corpos do jeito que são. Vamos fazer o mesmo?

Bebês amam seus corpos do jeito que são. Vamos fazer o mesmo?

Nossa genética também não pode ser negada! Meço 1,64m en não posso ter o corpo da Gisele Bündchen que mede 1,80m. Não vou ter e muitas outras mulheres também não.

Nossa inspiração precisa ser o nosso padrão de beleza e não os padrões externos. E o mundo está cada vez mais aberto a isso. A valorizar a beleza única de pessoas com diferentes alturas, pesos, cores de pele, idades. Que tal parar de se comparar com modelos de beleza alheios à você? Que tal seguir nas redes sociais apenas pessoas que se amam como são, que possuem valores parecidos com os seus? E que tal adotar um estilo de vida saudável independentemente das consequências em sua aparência, mas apenas porque você se ama, se respeita e quer viver muito para fazer coisas fantásticas?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Medicina alopática x Medicina chinesa x Mediciona Ayurvedica

Hoje no mundo três diferentes tipos de medicina são normalmente aceitas:

  • Medicina ocidental moderna (alopatia)
  • Medicina tradicional chinesa
  • Medicina do leste da Índia (Ayurveda)

A medicina ocidental moderna é em grande parte dos casos a forma mais eficaz de tratar e curar doenças. Hoje, por exemplo, existem quimioterápicos bastante eficazes contra vários tipos de câncer. Uma pessoa também recorrerá à medicina ocidental caso sofra múltiplos traumatismos após um acidente de carro. A medicina ocidental é unidimensional. Pensa em termos biológicos e trata-os observando sinais e sintomas apresentados por cada paciente.

Já a medicina tradicional chinesa introduz uma segunda dimensão ao tratamento: a energia. Acupuntura, por exemplo, trata sintomas pelo estímulo feito em centros nervosos e energéticos específicos. É uma medicina bidimensional.

Por sua vez, no Ayurveda uma terceira dimensão é adicionada: a espiritual. O lado físico ou biológico continua sendo estudado. O Ayurveda possui um sistema dietético próprio para prevenir e tratar doenças. Leva em consideração a mente. Trabalha o intelecto e as emoções, por exemplo, por meio da meditação. Mas também preocupa-se com o lado espiritual. 

Por isto, a medicina ayurvédica não tenta resolver problemas apenas com remédio. Pelo contrário, a medicina indiana, uma das mais antigas do mundo, prega que a boa saúde é resultado direto da vida que levamos. Se estamos em harmonia com a natureza e o Universo temos mais saúde. Se a harmonia é perdida a saúde sofre. O Ayurveda também é considerado um ramo terapêutico do Yoga.

Obviamente, cada medicina tem o seu valor, a sua beleza e a sua história; assim como cada ser humano, elas são, definitivamente, singulares.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/