Alimentos germinados para melhoria da imunidade

Chamam-se “alimentos germinados” aos rebentos ou brotos obtidos através da germinação de sementes de cereais e leguminosas. A quantidade de vitaminas aumenta substancialmente quando as sementes germinam. Por exemplo, a soja ao germinar duplica o seu teor de provitamina A em 48 horas e passa para 280% em 54 horas. Outro exemplo é a vitamina C no trigo germinado que aumenta cerca de 600% nos primeiros dias da germinação e a vitamina E triplica em quatro dias. Cálcio, magnésio, ferro, zinco também são mais ricos em alimentos germinados do que na planta adulta.

Podemos obter altas quantidades de oxidantes em alimentos germinados de girassol, grão-de-bico, brócolis, feijão, bambu, alfafa (Medicago sativa), gergelim, beterraba dentre outros. (Butkutė, Taujenis, & Norkevičienė, 2019).

Mais benefícios

Estudo publicado na revista Cancer Prevention Research, mostrou que o consumo de brotos de brócolis com 3 dias, suprimem a bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), a principal causadora do câncer de estômago.

O brócolis possui um fitoquímico, denominado sulforafano, conhecido por suas propriedades benéficas à saúde porém esta é a primeira vez que um estudo mostra que a substância consegue combater o H.pylori. Na pesquisa foram avaliados 48 indivíduos japoneses infectados pela bactéria. A metade do grupo ingeriu durante 8 dias 70 gramas de brotos de brócolis. A outra metade ingeriu o equivalente em broto de alfafa. O grupo que fez o uso do brócolis conseguiu reduzir significativamente a infecção ao final dos 8 dias, o que não aconteceu com o outro grupo de pacientes. Mesmo que H.pylori não seja um problema para você o consumo de brócolis é muito interessante pois também protege o corpo contra outros tipos de câncer, inclusive nos pulmões, próstata, bexiga e mamas.

Como usar os brotos na alimentação?

Os brotos podem ser consumidos crus na salada, podem ser levemente refogados ou podem até ser adicionados a vitaminas ou shakes. Misture sua proteína em pó de escolha, com uma banana ou abacate, água ou leite vegetal e o broto que tiver em casa. Os brotos não vão alterar o sabor do seu shake mas vão enchê-lo com nutrientes.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Azia e má digestão podem ser sintomas da hipocloridria

Muitas pessoas têm azia e pensam que estão produzindo ácido clorídrico demais. Mas pode ser o contrário. Na verdade, a hipocloridria é muito mais comum e gera uma dificuldade de digestão de alimentos protéicos como carnes de todos os tipos, leguminosas de todos os tipos, laticínios e ovos.

Aprenda mais sobre causas e tratamento neste vídeo.

Você também pode utilizar óleos essenciais para massagear o estômago e aliviar a azia. Adicione a 20 ml de óleo de coco ou amêndoas doces 5 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta e 5 gotas de óleo essencial de limão. Massageie o externo, a região do estômago no sentido dos ponteiros do relógio, de forma suave. Aprenda mais sobre os óleos essenciais neste curso online.

Outras causas de má-digestão são insuficiênica pancreática e SIBO:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Alimentando recém-nascidos com Síndrome de Down

Ter um bebê é uma alegria e uma aventura incrível. Crianças dão novo sentido à vida familiar, trazem mais risadas para os lares, nos ensinam a viver e amar de maneira única, não importa se o bebê que chega é típico ou não. No caso de crianças com Síndrome de Down um dos primeiros desafios é a amamentação. A mesma deve ser tentada e encorajada já que fortalece o sistema imune do bebê, o protege contra doenças autoimunes e infecções respiratórias, fortalece a musculatura facial e também contribui para a recuperação materna e para o estabelecimento de um vínculo forte entre a mãe e o recém-nascido. 

Mas amamentar nem sempre é fácil. A mãe deve estar confortável, assim como o bebê. Se este for muito pequenininho deve ser posicionado sobre um travesseiro ou almofada para que alcance o bico do peito sem esforço. O bebê deve ser segurado bem perto do corpo da mãe, que deve estar relaxada, bem alimentada e hidratada. Fonoaudiólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e familiares podem ajudar neste primeiro momento para que a mulher sinta-se mais confiante.

Profissionais de saúde capacitados também poderão avaliar o tempo que o bebê leva para mamar, se tem interesse na mamada, se permanece ativo no período em que está acordado, se dorme bem, se os reflexos estão presentes, se a deglutição se dá de forma adequada ou se o leite escorre pela boca, se há boa sincronia entre respiração e deglutição e, claro, se está ganhando peso dentro do esperado. Vários fatores podem interferir no aleitamento de uma criança com Síndrome de Down como o formato do palato, a posição da língua, a coordenação dos lábios, a presença de doenças cardíacas ou respiratórias.

Um recém nascido com Síndrome de Down ganha cerca de 113 gramas por semana e molha aproximadamente 6 fraldas ao dia a partir do 4o dia de vida. Obviamente estes números não são absolutos e dependem da semana gestacional em que o bebê nasceu, do quanto mama e de seu estado de saúde. Bebês que não conseguem sugar adequadamente, que dormem rapidamente ao peito ou cujas mães estão produzindo pouco leite (por estresse, por exemplo) podem receber poucas calorias e nutrientes ganhando pouco peso. Manter o bebê acordado enquanto mama fazendo-o esvaziar todo o leite de um peito antes de trocá-lo é muito importante. Para os bebês que não conseguem sugar o leite poderá ser ordenhado. Evite inserir mamadeiras precocemente (até a 4 semana de vida) pois neste período o bebê ainda está aprendendo a mamar no peito e esta é uma tarefa complicada. Paciência e apoio são fundamentais. 

Para as mães que estão ordenhando ou fornecendo fórmulas sempre surge a dúvida, será que o bebê está consumindo leite na quantidade adequada? Para bebês a termo (que nasceram entre a 39a e a 42a semana gestacional) a capacidade gástrica no primeiro dia de vida é de 5 a 7ml. O estômago é um músculo e vai crescendo junto com o bebê. Ao final do primeiro mês a capacidade gástrica pode chegar a 150 ml. 

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/