Quando a restrição de glúten é necessária?

A restrição ao glúten é classicamente indicada na doença celíaca, na alergia ao glúten e na sensibilidade aumentada às proteínas gliadina (Sapone et al., 2012).

A doença celíaca é uma condição autoimune que causa a atrofia de células do intestino de indivíduos geneticamente predispostos. Os sintomas são variados podendo estar presentes fadiga, diarréia, fezes mal-cheirosas, intolerância à lactose, anemia e outras deficiências de micronutrientes que podem cursar com queda de cabelo, problemas de pele, manchas nas unhas dentre outras condições.

Porém, não é só na doença celíaca que a restrição de glúten é benéfica. Estudo mostrou que a restrição de glúten pode beneficiar também pacientes não celíacos. O diagnóstico da doença celíaca é feito após biópsia da mucosa intestinal. Porém, pacientes com resultados negativos ao exame podem ter as mesmas alterações sanguíneas dos pacientes celíacos. De acordo com os autores do estudo as alterações metabólicas podem preceder a atrofia das vilosidades intestinais. Neste caso, a dieta deve ser instituída rapidamente afim de se evitar o agravamento da condição.

Além da doença celíaca, a sensibilidade ao gluten pode piorar os sintomas de doenças inflamatórias, como artrite, psoríase, síndrome do intestino irritável e condições neurológicas como o autismo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Trate o intestino e livre-se da fadiga

São muitas as causas de fadiga crônica, incluindo anemia, hipotireoidismo, sono irregular. A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma condição clínica de cansaço persistente e inexplicável, que piora com atividade física e/ou intelectual. Pode ter longa duração (mais de 6 meses) e ser acompanhada de sintomas reumatológicos, infecciosos ou neuropsiquiátricos. Dor de cabeça, variações de humor, sono irregular e distúrbios gastrintestinais podem estar presentes. Além disso, estes pacientes são diagnosticados mais frequentemente com a síndrome do intestino irritável.  

A literatura também descreve disfunções imunes associadas à síndrome da fadiga crônica, com elevação de citocinas pró-inflamatórias, como a IL-6 e a IL-8. Estudos mostram uma diminuição dos níveis de Bifidobactérias em indivíduos com a síndrome da fadiga crônica e elevação dos níveis de bactérias patogênicas aeróbicas. A diminuição das bactérias boas com o aumento das patogênicas é comunicada ao sistema nervoso central pelo eixo HPA desencadenado reações e estresse e variações de humor. Como a literatura mostra também uma deficiência da coenzima Q10 (essencial à produção de energia) em grande número de indivíduos com SFC o tratamento dietético proposto passa pela suplementação da mesma associado ao tratamento da disbiose intestinal.

Os óleos essenciais também podem ser utilizados para o tratamento da fadiga. Os mais indicados são: hortelã-pimenta, melaleuca, sândalo, frankincense, lavanda, camomila romana, erva-cidreira, bergamota, limão. Aprenda mais sobre o uso dos óleos essenciais aqui.

OUTRAS CAUSAS DA FADIGA E DA EXAUSTÃO CEREBRAL

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Alho, cebola e alho-poró contra a osteoartrite

Estudo inglês mostrou que componentes do alho, da cebola e do alho-poró são eficientes na proteção contra a osteoartrite, doença degenerativa e dolorosa das articulações. Atualmente não exitem tratamentos eficientes para o problema por isto a prevenção é fundamental. Indivíduos que consomem mais frutas e verduras, naturalmente ricos em antioxidantes estão mais protegidos. Alho, cebola e alho poró são especiais porque contém o compost dialil dissulfido que limita os danos causados às cartilagens. Controlar o peso também é fundamental já que indivíduos com excesso de peso ou obesos apresentam maior prevalência de degeneração das articulações.

Fonte: Frances MK Williams, Jane Skinner, Tim D Spector, Aedin Cassidy, Ian M Clark, Rose M Davidson, Alex J MacGregor. Dietary garlic and hip osteoarthritis: evidence of a protective effect and putative mechanism of actionBMC Musculoskeletal Disorders, 2010; 11 (1): 280.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/