Encha metade do prato com vegetais

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Ao lado vemos a roda dos alimentos do governo canadense. Visualmente já conseguimos perceber que uma importante recomendação é encher metade do prato com alimentos de origem vegetal. Sim, no mundo inteiro pesquisas mostram que a dieta baseada em vegetais é muito importante para a saúde.

No canto direito do prato estão as proteínas, que podem ser de origem animal ou vegetal. Seu cereal preferido completa o restante do prato. De bebida: água.

Dê atenção aos seus hábitos alimentares, saboreie os alimentos (aprenda mais sobre alimentação consciente), cozinhe com mais frequência, reduza ao mínimo o consumo de alimentos ultraprocessados. Se for comprar um alimento embalado, compare os rótulos. E se precisar de ajude, procure um nutricionista.

Princípios para viver mais e melhor

As pessoas mais saudáveis e longevas do mundo adotam um estilo de vida comum. Falei sobre isso neste vídeo:

Um dos pontos é a dieta baseada em plantas, rica em feijões, legumes, verduras, nozes, grãos integrais e frutas. Comer alimentos locais, de época, preparados em casa, comer junto com familiares ou amigos, celebrar, são hábitos que contribuem para uma vida boa e longeva.

Um hábito maravilhoso do brasileiro sempre foi o consumo de feijão. Porém, este consumo vem caindo ao longo dos anos. Muitas pessoas trocaram o jantar por lanches. Ou desenvolveram medo de lectinas. Estas proteínas ligam-se a carboidratos na planta, ajudando-a a proteger-se.

As mesmas características que os protegem as plantas na natureza podem levar ao desconforto digestivo em algumas pessoas. As lectinas estão em plantas que os humanos comem há milhares de anos, como arroz, trigo, batatas, tomates, sementes, nozes, mas as maiores quantidades são encontradas em leguminosas cruas (feijão, lentilha, soja, ervilha e amendoim) e grãos integrais .

Se você comer feijão cru, quase certamente terá náusea, vômito, dores de estômago e diarréia. No mínimo, você provavelmente terá inchaços e gases desconfortáveis. Porém, deixando o feijão à noite e depois trocando a água de manhã, cozinhando-o destrói as lectinas ativas.

E nada de neuroses. Se sobrar um mínimo de lectina não faz mal. Elas trazem benefícios à saúde e podem atuar como antioxidantes, protegendo as células humanas dos danos causados ​​pelos radicais livres. Pessoas que consomem leguminosas com maior regularidade tendem a ter menores taxas de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e melhor saúde geral. Leguminosas são ricas em vitaminas do complexo B, proteínas, fibras e minerais, que superam quaisquer riscos potenciais que uma pequena quantidade de lectina poderia ter.

Mas, se você sente muito desconforto pode optar pelas variedades germinadas. Nozes e sementes também podem ser deixadas de molho e depois usadas em receitas. Assim, o processo digestivo é facilitado.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Educação alimentar e nutricional crítica

Conjunto de estratégias sistematizadas para impulsionar a cultura e a valorização da alimentação, concebidas no reconhecimento da necessidade de respeitar, mas também modificar, crenças, valores, atitudes, representações, práticas e relações sociais que se estabelecem em torno da alimentação, visando ao acesso econômico e social a uma alimentação quantitativa e qualitativamente adequada, que atenda aos objetivos de saúde, prazer e convívio social.

A alimentação está embebida dos mais diversos significados, desde o cultural até experiências pessoais. Isso significa que, nas práticas alimentares, que vão, desde os procedimentos relacionados à preparação do alimento, até seu consumo propriamente dito, há a subjetividade veiculada pela condição social, religião, memória familiar, época, valores da sociedade e identidade cultural. Em si, a identidade cultural não se restringe às raízes históricas, mas inclui, também, os hábitos cotidianos, sendo que a formação de preferências alimentares constitui elemento sociocultural.

Mais sobre o tema neste artigo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Brasil saudável e sustentável

O governo federal, em parceira com organizações da sociedade e o setor privado, lançará na próxima terça-feira (15/03/2016),  dia do consumidor, a campanha Brasil Saudável e Sustentável. Entre maio de 2016 a maio de 2017 (passando pelas Olimpíadas 2016) um conjunto de ações voltadas para a promoção da alimentação saudável será implementada. O   principal objetivo é unir forças para travar a batalha contra a obesidade e o sobrepeso da população e alertar para os riscos da má alimentação.

A campanha será desenvolvida principalmente nas redes públicas de educação, saúde e assistência social, por meio de parcerias entre os setores público, privado e organizações econômicas da agricultura familiar.

A iniciativa tentará chamar a atenção para os benefícios dos alimentos produzidos localmente e para as vantagens do consumo de produtos orgânicos e agroecológicos. Em contraposição, trará alertas para os riscos do consumo de produtos ultraprocessados para a saúde das pessoas. Para tanto o ministério desenvolveu materiais de educação alimentar e nutricional, como cartilhas, folderes, vídeos e terá também ações nas redes sociais.

Você também pode participar divulgando tais ações, promovendo a alimentação saudável e comida de verdade em suas mídias e em seu local de trabalho.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/