Novo estudo mostra necessidade de suplementação de vitaminas do complexo B em pessoas com autismo

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é caracterizado por dificuldades persistentes na comunicação social e na interação social. Além destas questões, distúrbios metabólicos são comuns e têm sido associados à problemas de metilação e deficiência de antioxidantes, gerados por deficiência de vitaminas do complexo B (B6, B9 e B12). Os exames principais para acompanhamento de alterações no ciclo que envolvem estas vitaminas são o genético MTHFR e a concentração plasmática de homocisteína.

Dependendo da alteração a necessidade de suplementação será maior. Veja o exemplo dos polimorfismos do gene MTHFR:

O gene MTHFR serve para a conversão da vitamina B9 na forma inativa (folato) na forma ativa (metilfolato)

A carência destes nutrientes contribui para a neuroinflamação, problemas imunológicos, redução da capacidade de desintoxicação. Além dos problemas metabólicos e mutações genéticas, contribuem para a carência de nutrientes a disbiose intestinal, que gera menor absorção (Belardo, Gevi & Zolla, 2019).

Desta forma, além das terapêuticas tradicionais no TEA (uso de medicamentos, terapias diversas) o tratamento deve incluir a suplementação de vitaminas do complexo B e a correção da disbiose intestinal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/