3) a substituição de 2 (duas) das 3 (três) refeições diárias por uma bebida não é um bom hábito alimentar, além de causar brusca ruptura nas práticas alimentares costumeiras dos usuários do referido produto.
4) é importante notar que a perda de peso pode ser obtida com o consumo de dieta de valor calórico reduzido, constituída de variados alimentos e sem o emprego de “shakes”, e sob orientação profissional de Nutricionista.
5) quanto ao preparo, sem dúvida, o substituto de refeição é prático. Mas é imprescindível avaliar praticidade versus monotonia alimentar, considerando ainda outros contextos que envolvem uma refeição “normal”, no que diz respeito às características organolépticas, abrangendo aroma, visual, consistência, sabores variados.
6) Consideramos que o sistema proposto pela empresa para os seus “shakes”, de efetuar substituição parcial ou total de refeições, leva à necessidade de monitoramento técnico de um Nutricionista junto ao cliente, além do que a substituição de refeições, dentre outras intercorrências: ocasiona ruptura do hábito alimentar do cliente; não leva à mudança de comportamentos alimentares e de hábitos de vida inadequados; não visa e nem promove a reeducação alimentar e nutricional do cliente e a assunção de um estilo de vida mais saudável; padroniza as pessoas em termos de ingestão alimentar, energética e de nutrientes; não leva em conta os diferentes tipos de obesidade; não considera os riscos à saúde, freqüentemente associados ao sobrepeso/obesidade, entre eles: hipertensão arterial, hiperlipidemias, hiperglicemia e hiperuricemia; ignora os aspectos sociais, econômicos e psico-culturais dos alimentos e do ato de comer; propõe substitutos monótonos de refeição e, por isso mesmo, de consumo temporário; estimula o estabelecimento do “efeito ioiô”, quando o cliente abandona o substituto de refeições e retorna à alimentação costumeira;