Benefícios do consumo de sardinhas

Sua saúde é o resultado da interação entre a sua genética e diversos fatores ambientais, sendo a dieta o mais importante. Os seres humanos evoluíram com uma dieta balanceada em ácidos graxos essenciais n-6 e n-3 com uma proporção de n-6 / n-3 de 1:1. Isso quer dizer que a cada 1g de ômega-6 consumido será consumido outro 1g de ômega-3. Porém, atualmente, com a industrialização a proporção está em 16 a 20:1. Ou seja, a cada 16g de ômega-6 (ou a cada 20g) consumido, apenas 1g de ômega-3 é ingerido. Isso é péssimo.

Excesso de ômega-6 aumenta o estado inflamatório corporal

Altas quantidades de ácidos graxos n-6 na dieta conduzem a um estado pró-trombótico e pró-inflamatório, que está associada à obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e algumas formas de câncer. Com a dieta industrializada (que usa muitos óleos no preparo, como soja e milho), o consumo de ômega-6 disparou. Já as gorduras ômegas-3 (presentes nos peixes, na linhaça e na chia) protegem contra a inflamação.

Uma coisa interessante dos estudos é que eles colocam que, enquanto pessoas com dietas ricas em ômega-3 estão mais protegidas, aquelas que tem uma dieta ruim e suplementam ômega-3, mesmo que em altas doses, não tem proteção alguma. Pelo contrário, o ômega-3 do suplemento pode até fazer mal.

Existem peixes baratos que são fontes de ômega-3 como as sardinhas. Elas também fonte de proteína, taurina, coenzima Q10 e selênio, importantes para a saúde muscular, para a imunidade, fertilidade e manutenção de um bom metabolismo.

As sardinhas são muito utilizadas em dietas cetogênicas que visam o controle da glicemia, seja no diabetes ou para o emagrecimento, melhoria da memória, tratamento da depressão ou controle de crises epilépticas.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que é o padrão alimentar atlântico

Sou brasileira, nascida no Rio de Janeiro, mas nunca morei na beira da praia. Meus pais mudaram-se para Brasília quando eu tinha apenas 2 meses. De carioca só mesmo minha certidão de nascimento. Mas vivo em uma cidade litorânea de Portugal, Porto, desde 2018. A dieta em Portugal, banhada pelo oceano atlântico, possui semelhanças e diferenças em relação à dieta no Brasil, país banhado pelo mesmo oceano. Saiba mais:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios do consumo de peixes ricos em ômega-3

Peixes são as principais fontes dietéticas de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa (PUFAs) do tipo ômega-3 (ω-3). EPA (com 20 carbonos) e DHA (com 22 carbonos) estão entre os principais nutrientes amigos do coração e do cérebro. Ácidos graxos ω-3 têm propriedades antiinflamatórias e imunomoduladoras e, como resultado, podem ter efeitos anticarcinogênicos.

Recomenda-se uma ingestão aproximada de 240 g de peixe gordos por semana (2 porções / semana) para obtenção adequada de ω-3. Peixes oleosos como salmão, arenque, cavala e atum são também mais ricos em vitamina D do que peixes magros. Peixes mais magros, como bacalhau contém menos ω-3 e precisariam ser consumidos em maior quantidade, para o mesmo efeito. Além disso, a maior ingestão de peixe não relaciona-se a efeitos benéficos se forem fritos. Deve-se ainda evitar o consumo de peixes predadores grandes, como tubarão, peixe-espada e peixe-azulejo pois são as principais fontes dietéticas de metilmercúrio que pode induzir neurotoxicidade e ter efeitos adversos contra o desenvolvimento do cérebro e cognição (Jayedi & Shab-Bidar, 2020).

Pessoas que não consomem peixes devem optar por fontes vegetais, como linhaça e chia ou pela suplementação de ômega-3:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/