Maior necessidade de vitamina D em indivíduos obesos

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com a University College London (Inglaterra), mostrou que o acúmulo de gordura abdominal é um fator de risco para insuficiência e deficiência de vitamina D em pessoas com mais de 50 anos (da Silva et al., 2022).

A vitamina D desempenha diversas funções no organismo e sua carência pode acarretar diversos problemas, como má absorção de cálcio e fósforo, prejuízos no funcionamento do sistema imune, maior risco de osteoporose.

O trabalho envolveu a análise de um banco de dados de 2.459 britânicos com mais de 50 anos acompanhados por quatro anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um formado por pessoas com pouca gordura abdominal e outro, com acúmulo de gordura no abdômen (circunferência de cintura maior que 102 cm para homens e maior que 88 cm para mulheres).

Ao avaliar o índice de vitamina D desses indivíduos quatro anos depois da primeira coleta de dados, foi verificado que aqueles que apresentavam obesidade abdominal tinham 36% mais risco de desenvolver insuficiência e 64% mais risco de deficiência de vitamina D, quando comparado com o grupo que não tinha obesidade abdominal.

Ao longo do processo de envelhecimento, é natural que ocorram mudanças na composição corporal, como o maior acúmulo de gordura na região do abdômen. A gordura abdominal tem papel importante no “sequestro” da vitamina D circulante na corrente sanguínea.

Vitamina D é importante para controle da inflamação e melhoria da sensibilidade insulínica (Shantavasinkul, & Nimitphong, 2022)

Também é comum a diminuição da espessura da pele e, por consequência, uma menor disponibilidade da substância precursora da vitamina D na epiderme, bem como uma menor capacidade de síntese da forma ativa dessa vitamina.

Outra modificação apontada com o envelhecimento é a diminuição do número de receptores de vitamina D nos tecidos corporais, o que dificulta a captação dessa vitamina circulante no organismo.

Cuidado na suplementação de vitamina D

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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MEDICAMENTOS PODEM CONTRIBUIR PARA DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D

A vitamina D pode ser sintetizada na pele pela ação da radiação ultravioleta B ou obtida exogenamente, através de alimentos ou suplementos.⁣ ⁣Tanto 25OHD quanto 1α, 25(OH)2D são oxidados por hidroxilases (primeiro CYP24A1 e depois CYP3A4) e os metabólitos resultantes podem ser excretados. Isso significa que qualquer fator que aumente a expressão e/ou atividade dessas enzimas pode contribuir para a deficiência de vitamina D.

⁣Algumas drogas induzem CYP24A1 aumentando a excreção de vitamina D e contribuindo para níveis baixos:

  • Antiepilépticos (fenitoína, carbamazepina)

  • Antineoplásicos (ciclofosfamida, taxol, tamoxifeno)

  • Antibióticos (rfampicina)

  • Antiinflamatórios (dexametasona)

  • Antihipertensivos (nifedipino, espironolactona)

  • Antiretrovirais (ritonavir, saquinavir)

  • Acetato de ciproterona (derivado da progesterona)

  • Ervas (kava kava, erva de São João)

A hipovitaminose D está associada a maior risco de osteoporose, doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2, câncer e aumento da mortalidade. Além disso, a deficiência de vitamina D está relacionada à depressão e função cognitiva prejudicada. O aumento da idade e a massa gorda corporal elevada contribuem para um risco aumentado de deficiência de vitamina D.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Vitamina D e mortalidade por câncer

A hipovitaminose D, ou deficiência de vitamina D é muito comum em todo o mundo. O envelhecimento, a obesidade, a falta de banhos de sol, o uso de filtros solares são alguns dos fatores que contribuem para a carência mundial.

Níveis adequados de vitamina D ficam entre 30 e 50 ng/mL. A baixa concentração plasmática de vitamina D está associada a maior mortalidade por certos tipos de câncer (como próstata) e doenças cardiovasculares (Buttigliero et al., 2011; Gaksch et al., 2017; Zhang et al., 2019).

Suplementação de vitamina D no paciente oncológico

Nem sempre o paciente oncológico poderá tomar sol. Isto porque vários medicamentos imunomoduladores contra o câncer aumentam a fotossensibilidade e o risco de queimaduras na pele. Entre estes medicamentos estão panitumumab, pertuzumab, alemtuzumab, rituximab, pembrolizumab, atezolizumab, durvalumab. Assim, para muitos pacientes, a única opção é a suplementação (Lembo et al., 2020).

A cada 1.000 UI/dia de vitamina D3 suplementar, há um aumento da 25OH-D em 2,5 nmol/L (1 ng/mL). Para indivíduos obesos, a dose precisa ser maior. A conta é 2,5 UI/Kg de peso atual/dia de vitamina D para este aumento de 2,5 nmol/L (1 ng/mL) de 25OH-D.

Pacientes com COVID com dosagens baixas de vitamina D também estão em maior risco.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/