Genética e Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns no mundo. O risco é maior a partir da sexta década de vida, mas dependendo da assinatura genética, pode iniciar precocemente.

A assinatura genética é a informação sobre a atividade de um grupo específico de genes em uma célula ou tecido. As assinaturas genéticas mostram a probabilidade de uma pessoa desenvolver certos tipos de doenças. Exames genéticos são usados para ajudar prevenir, diagnosticar e tratar condições de saúde.

O Alzheimer é uma doença progressiva, atualmente sem cura, que se manifesta principalmente com problemas de memória. Costuma ser acompanhada ou evolui para desorientação no espaço, problemas de atenção, alterações de personalidade e humor, incapacidade de comunicação, até comprometimento das funções motoras, entre outros sintomas de fatores.

Até 90% dos casos de Alzheimer de início precoce é genético

O Alzheimer é uma doença complexa, o que dificulta a busca das causas. Em doenças complexas, a genética é um fator essencial a ser considerado, mas fatores ambientais como estresse, dieta ou o local onde vivemos também desempenham seu papel. Estudos genéticos recentes indicam que ainda há muito a ser descoberto em nosso DNA. Um dos genes mais diretamente relacionados ao Alzheimer de início precoce é o gene PSEN1 enquanto o APOE é mais relacionado ao Alzheimer de início tardio. Quando falamos em fatores hereditários, algumas pesquisas apontam para até 80% dos casos de Alzheimer tardio é genético e que essa porcentagem aumenta para mais de 90% no caso de doença de Alzheimer de início precoce.

O Japão é o país com menor incidência de Alzheimer. Porém, a incidência vem aumentando com a ocidentalização dos hábitos. Conforme a dieta piora, o peso aumenta e a pressão arterial sobe, o número de casos sobe junto.

No Japão, o consumo de peixe é alto e de sal é baixo. Quando japoneses migram ao Brasil isso se inverte. O consumo de peixe passa a ser baixo, a ingestão de carne bovina e sal aumenta. Com isso, a incidência de Alzheimer também sobe (Yamada et al., 2002).

Por isso, para um cérebro saudável, não podemos contar apenas com a genética, mas com um estilo de vida protetor. Conheça aqui outros genes relacionados ao Alzheimer:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/