Estresse e obesidade

A edição de 1º de julho da revista Nature, publicou trabalho de pesquisadores da Universidade Georgetown em Washington, DC que explica um mecanismo que desencadeia o ganho de peso em pessoas cronicamente estressadas.

Neurotransmissores são compostos usados pelo corpo para transmitir sinais entre os neurônios. Por exemplo, a acetilcolina regula o movimento muscular, a serotonina está envolvida na regulação das emoções, da temperatura corporal e da memória. Nesta pesquisa os pesquisadores manipularam o neurotransmissor neuropeptídio Y (ou NPY) e o receptor neuropeptídio Y2 (ou YR2) ativado pelo primeiro. NPY e YR2 trabalham nas células gordurosas de nosso corpo.

De acordo com os pesquisadores fatores estressantes, como exposição ao frio ou agressão, leva a um aumento da secreção de NPY de nervos simpáticos, o que aumenta a quantidade de gordura abdominal. Os pesquisadores conseguiram aumentar a gordura em áreas selecionadas no corpo de camundongos através da injeção do NPY nestes locais. Já o aumento da adiposidade foi prevenido através da injeção de um bloqueador de Y2R no abdome. Um mecanismo similar parece existir em macacos e os cientistas estão esperançosos de que estes achados possam ser aplicados a seres humanos, o que contribuiria para o controle da síndrome metabólica.

Para saber mais:

Lydia E Kuo, Joanna B Kitlinska, Jason U Tilan, Lijun Li, Stephen B Baker, Michael D Johnson, Edward W Lee, Mary Susan Burnett, Stanley T Fricke, Richard Kvetnansky, Herbert Herzog and Zofia Zukowska. (2007). "Neuropeptide Y acts directly in the periphery on fat tissue and mediates stress-induced obesity and metabolic syndrome."  Nature Medicine Published online: 01 July.

Aschbacher et al. (2014). Chronic Stress Increases Vulnerability to Diet-Related Abdominal Fat, Oxidative Stress, and Metabolic Risk. Psychoneuroendocrinology. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4104274/

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A inspiração ativa o sistema nervoso autônomo simpático e a expiração ativa o sistema nervoso parassimpático. Se expiramos bem e de forma mais lenta, conseguimos nos acalmar.

Essa “dominância” do SNA Parassimpático nesses momentos de expiração permite uma maior ativação do nervo vago. Isso repercute de maneira positiva no sistema nervoso central de duas formas principais:

1) Pela liberação de serotonina em áreas corticais. A serotonina também é conhecida como a molécula da felicidade, nos torna mais confiantes e positivos.

2) Pela inibição da atividade de uma área conhecida como amígdala, responsável por mediar as respostas de medo e ansiedade.

TÉCNICAS PARA ESTIMULAR O NERVO VAGO

1) SOM

- Encontre um local calmo

- Coloque sua música ou mantra favorito (KALYANI, et al, 2011).

- Feche os olhos

- Cante junto

2) YOGA

A respiração lenta, a entoação de mantras como o OM, as posturas (ásanas) e as técnicas de concentração ajudam a ativar o nervo vago (STREETER et al. 2010).

3) MODULAÇÃO INTESTINAL

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/