Genética explica parcialmente pessoas propensas a abusarem da Cannabis

Com o aumento nas taxas de uso de cannabis, o transtorno do uso de cannabis está sendo relatado como um dos transtornos de uso de drogas mais comuns em todo o mundo. O uso de cannabis tem vários eventos adversos físicos, psicológicos e sociais conhecidos, como julgamento alterado, resultados educacionais ruins e sintomas respiratórios.

Pesquisas sugerem uma base genética para o uso de cannabis, e vários estudos de associação do genoma (GWASs) identificaram possíveis regiões de associação. Atualmente deve-se avaliar a propensão para uso e abuso pelo estudo dos genes ANKFN1, INTS7, PI4K2B, CSMD1, CST7, ACSS1 e SCN9A. Alterações destes genes também podem estar relacionadas a algumas condições mentais (Hillmer et al., 2021).

Outro gene bastante estudado é o ABCB1. Este gene codifica o transportador de drogas da glicoproteína P (P-gp), que controla a penetração do THC no cérebro. A variante mais relevante neste caso é a C3435T (rs1045642). Resultados possíveis:

  • G/G (C/C): Expressão de P-gp elevada. Maior risco de dependência de cannabis.

  • G/A (C/T): Expressão de P-gp intermediária (este é o meu caso).

  • A/A (T/T): Baixa expressão de P-gp. Menor risco de dependência de cannabis.

O uso medicinal da Cannabis não é uma panacéia e não ajuda a todos. Quer saber se este uso é para você? Marque seu aconselhamento genético.

Na Europa poderá comprar o óleo de CBD da Naturecan com 20% de desconto usando o código andreiatorres quando for pagar.

No Brasil tanto o óleo de CBD, quanto medicamentos como dronabinol (THC), nabilona (THC), nabiximols (THC+CBD) devem ser prescritos pelo médico e o paciente deve estar cadastrado na ANVISA para conseguir fazer a importação do produto.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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CBD X CBG X THC

A cannabis (ou cânhamo) é uma planta complexa contendo várias classes de metabólitos secundários, incluindo pelo menos 104 canabinóides, 120 terpenóides (incluindo 61 monoterpenos, 52 sesquiterpenóides e 5 triterpenóides que dão o aroma e sabor característicos da planta), 26 flavonóides e 11 esteróides entre os 545 compostos identificados. Os três canabinóides mais estudados são o ∆9-tetrahidrocanabinol (∆9-THC), o canabigerol (CBG) e o canabidiol (CBD).

Vias de biossíntese de canabinóides, terpenóides, esteróis e flavonóides (Jin et al., 2020)

Estas substâncias possuem vários efeitos em nosso corpo e, juntas, potencializam os benefícios da planta. É o conhecido efeito entourage, como vimos no caso 1 e no caso 2 de crianças com autismo.

Assim, embora o canabidiol demonstre uma variedade de potenciais benefícios por si só, crê-se que o seu impacto terapêutico é ampliado quando opera em conjunto com outros canabinóides, terpenos e flavonoides.

Um dos triterpenóides identificados na raiz da cannabis, a friedelina, contém propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, estrogênicas, anticancerígenas e protetoras do fígado. Os esteróis vegetais podem reduzir os níveis plasmáticos de colesterol.

Óleo de cânhamo x óleo CBD x óleo CBG

O óleo CBD contém proporções altas deste canabinóide e baixíssimas dos demais. Você comumente encontrará óleo CBD a 5%, 10%, 15%, 20% e 40%. O CBD influencia o sistema endocanabinóide, regulando sono, humor, dor e apetite. O CBD ajuda o organismo a adaptar-se melhor à situações de estresse. Tem sido bastante prescrito para tratamento de situações de ansiedade, insônia, inflamação e dor crônica.

O óleo CBG também é encontrado em diferente concentrações. Interage diretamente com os receptores canabinóides CB1 e CB2 no cérebro, para um efeito mais poderoso que o próprio CBD. Também combate a inflamação, dor e reduz náuseas em pacientes fazendo tratamento quimioterápico. Como a concentração de CBG no cânhamo é menor do que a de CBD a extração é mais cara. Tanto CBD quanto CBD devem ser iniciados em doses baixas e ir aumentando lentamente, observando tolerância e efeitos colaterais conversei sobre isso nos casos de autismo (parte 1 e parte 2) e também na plataforma t21.video.

A Cannabis também pode ser utilizados para a fabricação de alimentos. Para as farinhas são selecionadas plantas com baixo teor de THC como as variedades Secuieni e Zenit da Cannabis sativa (Rusu et al., 2021).

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APRENDA TUDO SOBRE O CÉREBRO EM HTTPS://T21.VIDEO

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Taxonomia da Cannabis

Taxonomia é a ciência de nomear, descrever e classificar organismos para incluir todas as plantas, animais e microorganismos do mundo. Dividimos a vida na terra em termos de Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie.

A Cannabis é uma planta e, por isso, faz parte do reino “Plantae”. Descendo na árvore genealógica, identificamos “Cannabis ruderalis”, “Cannabis sativa” e “Cannabis indica”, todas subespécies da espécie “Cannabis”.

Características das subespécies de Cannabis:

Cannabis Indica: as folhas em leque são mais curtas, as flores são mais densas e a planta é, em geral, mais compacta. A planta apresenta um teor de THC mais alto do que as contrapartes sativa.

Cannabis Sativa: mais alta e esguia, com flores que não são tão densas quanto as flores indica. As plantas de Cannabis sativa também contêm THC, assim como muitos outros canabinóides, incluindo o CBD e o CBG.

Cannabis Ruderalis: É uma planta menor e de crescimento selvagem. As plantas de Ruderalis florescem muito rapidamente e tendem a ser resistentes, e é por isso que muitas vezes são cruzadas com plantas de cannabis indica e sativa para produzir híbridos fortes e de floração rápida. Mais rica em CBD. O cânhamo é definido como qualquer planta da espécie “Cannabis” que contém menos de 0,3% de tetrahidrocanabinol, ou THC.

O apelo dos produtos CBD de cânhamo é que eles praticamente não contêm THC. Em muitos países são considerados suplementos. Já quando o teor de THC excede 0,2 a 0,3% os produtos são considerados medicamentos. No Brasil, o CBD e o CBG também são medicamentos. Por isso, só podem ser prescritos por médicos e dentistas.

Muitas pessoas beneficiam-se do uso de produtos contendo apenas CBD. Contudo, como vimos no caso 1 e caso 2 das crianças com autismo, muitas vezes a mistura com THC é necessária para maior eficácia.

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