Carências de nutrientes em idosos

Grande parte dos idosos apresenta deficiência de nutrientes, tais quais vitamina B12, magnésio e vitamina D. As carências nutricionais prejudicam as funções cognitivas, pioram a imunidade e aumentam o risco de doenças. A vitamina D, por exemplo, deve ser monitorada de tempos em tempos, tanto para manter ossos saudáveis, quanto por ser um caminho importante na redução do risco de câncer Hoseini, Damirchi, Babaei, 2017).

A capacidade do corpo absorver B12 diminui significativamente com a idade, causando anemia megaloblástica, aumentando o risco de depressão, aumentando a vulnerabilidade do DNA (pela redução na capacidade de metilação), e contribuindo para o aumento do estresse oxidativo (devido a redução na produção de glutationa, um importante antioxidante) e do risco de doenças cardiovasculares e Alzheimer (pelo aumento da homocisteína).

Idosos internados, institucionalizados ou vivendo isoladamente também podem ter uma dieta mais precária, o que contribui para deficiências nutricionais. Idosos com baixo consumo de vegetais verdes e sementes tendem a ter carência de magnésio, mineral importante na regulação do metabolismo e na geração de energia. A carência de magnésio associa-se a sintomas como cãibras, dores musculares, aumento da pressão sanguínea, ansiedade, cansaço e enxaqueca. O magnésio pode ser suplementado de várias formas, como magnésio dimalato e magnésio treonato. O dimalato ajuda a aumentar a produção de energia, na forma de trifosfato de adenosina (ATP), enquanto o treonato de magnésio penetra eficazmente a barreira hematoencefálica, beneficiando o sistema nervoso.

Nos Estados Unidos morrem cerca de 106.000 americanos todos os anos em decorrência do uso da overdose por medicamentos. Os suplementos na maioridade pode ajudar a combater uma série questões da fase, com menos efeitos colaterais. Existem estudos ligando um bom status de magnésio a menor incidência de depressão. Outro ponto é que o próprio uso de medicamentos também pode depletar nutrientes.

Chessman KH, Kumpf VJ. Assessment of nutrition status and nutrition requirements. In: DiPiro JT, Talbert RL, Yee GC, et al, eds. Pharmacotherapy: A Pathophysiologic Approach. 6th ed. New York, NY: McGraw-Hill Inc; 2005:2559-2577.

Chessman KH, Kumpf VJ. Assessment of nutrition status and nutrition requirements. In: DiPiro JT, Talbert RL, Yee GC, et al, eds. Pharmacotherapy: A Pathophysiologic Approach. 6th ed. New York, NY: McGraw-Hill Inc; 2005:2559-2577.

O adequado consumo de frutas, hortaliças, ricas em antioxidantes e fitoquímicos melhoram a imunidade e combatem o envelhecimento e reduzem o risco da doença de Alzheimer. Quando o consumo está abaixo do ideal suplementos podem ser utilizados de forma complementar. Outras estratégias importantes nesta fase da vida.

Outras estratégias para a redução do risco de doenças e aumento da longevidade são a atividade física regular, o combate ao estresse, o sono de qualidade, as atividades cognitivas (aprender sempre, engajar-se em projetos) e o convívio social.

O Yoga é uma atividade muito indicada pois deixa o corpo mais flexível, reduz o estresse e ajuda a controlar o peso e a reduzir dores. Estudos mostram que idosos com demência também beneficiam-se com a prática regular que resulta em efeitos benéficos no funcionamento cognitivo, particularmente na atenção e na memória verbal. Ajuda também a melhorar o sono, o humor e a quantidade de conexões entre os neurônios.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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