Há anos vem sendo relatado que o consumo de ácido fólico é importantíssimo para a saúde. A vitamina reduz defeitos do tubo neural em bebês, protege contra o câncer (principalmente de intestino. Apesar de a suplementação ser desnecessária (e mesmo prejudicial) para a maioria das pessoas, a estratégia é essencial no primeiro trimestre de gestação.
Esta edição do Nutrition Reviews, discute em dois artigos momentos em que a suplementação é necessária e momentos em que é desnecessária. Por exemplo, indivíduos com células pré-cancerígenas ou com tumores não devem consumir os suplementos visto que os mesmos podem facilitar o desenvolvimento do câncer ao invés de ter um efeito protetor. Além disso, em países que já fortificam as farinhas com ácido fólico (como o Brasil), geralmente a suplementação será mais prejudicial do que benéfica. Já a ingestão do ácido fólico naturalmente presente nos alimentos parece não ter efeitos colaterais. Fontes incluem principalmente vegetais verde-escuros como brócolis e espinafre. Tomate, ervilhas e cogumelos também são boas fontes.
No Brasil ainda não temos estudos que identifiquem como estão os estoques de folato na população. Este é um dado importante já que toda a farinha de trigo e milho do país são fortificados com ferro e ácido fólico desde 2004. Nos EUA, estudos mostram que os estoques já estão repletos daí a preocupação de que uma suplementação poderia induzir o aumento dos casos de câncer na população. De qualquer forma, gestantes devem fazer o uso já que os benefícios são inegáveis. Mulheres que não ingerem ácido fólico adequadamente durante a gravidez também têm mais chances de dar à luz bebês com baixo peso. O ministério da saúde recomenda a suplementação com ácido fólico 12 semanas antes do início da gestação. Como nem toda a gravidez é planejada a fortificação dos alimentos também serve para prevenir problemas nos bebês das mães que não fizeram a suplementação nesta fase.
Lembrando que se houverem polimorfismos genéticos outras formas de vitamina B9 serão mais apropriadas: