Anemia ferropriva

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A anemia por deficiência de ferro causa atraso no desenvolvimento psicomotor e compromete a performance cognitiva em todas as faixas etárias.

A falta de ferro entre 9 e 12 meses de vida foi associada a escores baixos de QI em crianças com 5 anos de vida. Além disso, a morbidade a partir de doenças infecciosas é maior em populações com carência de ferro devido ao efeito adverso da falta desse nutriente no sistema imunológico.

A deficiência de ferro também compromete a oxigenação adequada dos órgãos. Os sintomas mais comuns da anemia são:

  • Cansaço (fadiga);

  • Palidez cutânea;

  • Batimentos cardíacos rápidos ou irregulares;

  • Falta de ar;

  • Dor ou aperto no peito;

  • Tontura;

  • Dificuldade de concentração ou aprendizado;

  • Mãos e pés frios;

  • Dores de cabeça;

  • Irritabilidade;

  • Mudanças de humor;

  • Ansiedade;

  • Baixo desejo sexual;

  • Perda de cabelo.

Existem outros tipos de anemia. Conheça mais neste vídeo.

Para se evitar a anemia na infância a introdução da alimentação complementar deve ser feita de forma adequada. A dieta deve conter preferencialmente alimentos fontes em ferro como rúcula, espinafre, couve, acelga, carne vermelha, abóbora, feijão, lentilha, ervilha, semente de gergelim e abóbora. Para melhor absorção do ferro de alimentos de origem vegetal inclua na mesma refeição fontes de vitamina C como laranja, limão, laranja, abacaxi, morango, kiwi, acerola, camu-camu…

O funcionamento intestinal também precisa ser avaliado. Quando o intestino está saudável absorve bem os nutrientes. Se não está saudável minerais como o ferro são menos absorvidos. Quando estão presentes sintomas como gases, diarreia, constipação, dor abdominal pode ser necessário o uso de suplementos probióticos para o restabelecimento da flora intestinal normal.

A suplementação de ferro tem sido um desafio na prática clínica devido à ineficácia na correção de deficiência de ferro e pelos efeitos gastrointestinais da suplementação que reduzem a tolerância e a adesão ao tratamento. Dicas:

  • não associar na suplementação ferro com outros minerais como cálcio e zinco;

  • associar a suplementação de ferro com Lactobacillus plantarum ou piperina;

  • optar pela forma química bisglicinato ou ferro sucrosomial (4 x e 3,5 x maior biodisponibilidade que o sulfato ferroso);

  • tomar o suplemento com estômago vazio para melhoria da biodisponibilidade. Se consumir após a refeição, opte por uma refeição com poucas fibras;

  • Tomar 1 dose ao dia em dias alternados (para reduzir a hepcidina que reduz absorção do ferro).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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